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O Batman não pode “lamber” a Mulher-Gato

Pelo menos foi o que os executivos da DC disseram aos responsáveis pela animação da Arlequina.

Em uma entrevista para a Variety, Justin Halpern e Patrick Schumacker, cocriadores e produtores-executivos da série animada Harley Quinn (que deve chegar ao Brasil junto ao lançamento da HBO Max), contaram sobre as liberdades criativas que têm ao fazer uma produção estrelada por vilões, personagens totalmente livres das amarras morais que os super-heróis ostentam.

A Mulher-Gato da série, dublada por Sanaa Lathan

O limite apareceu exatamente quando ousaram usar essas liberdades no super-herói mais popular da DC: “[…] tínhamos uma cena onde o Batman ia lamber a Mulher-Gato lá embaixo. Aí a DC ficou tipo, ‘Vocês não podem fazer isso. Vocês absolutamente não podem fazer isso.’ Estavam tipo, ‘Heróis não fazem isso.’ Então, dissemos, ‘Vocês querem dizer que heróis são amantes egoístas?’ E eles, ‘Não, é que vendemos brinquedos de heróis. É difícil vender um brinquedo se o Batman está chupando alguém.'”

Pois é, sexo é um tabu assustador para parte do público e, claramente, dos executivos. E isso que estamos falando de uma série que se propõe a ser para maiores de 18 anos. Não que Bruce Wayne não transe, ele e Selina Kyle já entraram em polêmicas em torno disso antes, com destaque para o título da Mulher-Gato nos Novos 52, onde estrelaram cenas calientes nos telhados de Gotham, com direito à DC vetando algumas paginas das edições 3 e 4, onde ela se apresentava nua na porta da Mansão Wayne. E teve também aquela vez que o Morcegão apalpou a ladra com três mãos, mas essa é outra história.

Não sei para vocês, mas para mim é muito doido que esse tipo de carícia possa “sujar a imagem de um herói”, mas isso aqui esteja liberado:

“Ele não morreu, só está descansando os olhos”

Carlos Vázquez

Mordomo voluntário na Mansão Wayne quando o Alfred se ausenta, faz questão que todas as pessoas que o cercam saibam o nome de pelo menos 3 Robins e decidiu criar este site para transformar todo esse conhecimento “inútil” em algo que possa compartilhar com outras pessoas que tenham interesse.